terça-feira, 23 de dezembro de 2008

**VoToS**[I]

FELiz naTAL


Com PaZ e AmOR

&

FELiz 2009

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Shall We Dance?

Abrindo caminho através daquele areal consigo vislumbrar a desordem que a sua vida babilónica lhe causa. Em titânicos sons provocados pelas ondas do mar distingo o impulso da sua voz que de tão simples o erige a uma condição proibida a muitos. O seu olhar encanta as deusas da Terra, petrifica os mais sensíveis e emana compreensões impossíveis de reconhecer pela lógica milenária de déspota solitária. Espalha ventos de paixões irreprimíveis sem limites, ventos de astúcias formas de saciar a sua sede de sedução. Junto a si sinto a sua aura que reflecte sonhos lunares de um solitário extasiado de amores que não são um privilégio da sua natureza e que tantas vezes gostaria que fossem meras alucinações suplantadas pelo prazer que a novidade lhe traz. Ao tocá-lo suporto sonhos e suspiros reprimidos em mim pela ilusão que consegue criar na confusão da minha identidade. Em mim distribui felicidade, dúvidas na honestidade, focos luminosos sobre um tempo consciente de sombras de uma felicidade senil. Você sustenta as minhas ânsias com as melodias que arranca dos meus lábios. Meia adormecida na teia que tece à nossa volta, respiro o aroma da sua quinta essência… e sabe? Vou gostando..

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Reflexus de meu espírito

Repetirei isto cem ou duzentas vezes até que se torne uma condição, mas....


Neste momento sou incapaz de fazer distinções moralizadoras porque o meu condicionalismo é grosseiro e os meus impulsos transbordam sentimentos, paixão, euforia e tudo mais aquilo que jamais eu poderia estar a sentir agora. O espaço que separa o desejo e a consciência é enorme, contudo reduz-se a uma inútil separação quando avisto a tua vida emotivamente maravilhosa ao alcance de um olhar.

Como tudo isto chega a ser engraçado! E digo-o em tom exclamativo para reforçar toda a ironia que posso aplicar nesta frase.

Vejo constantemente imagens onde posso ouvir suaves melodias, onde posso sentir doces aromas, tocar texturas indescritíveis, onde sinto os jogos encantadores que deliciosamente jogamos...


Repetirei isto cem ou duzentas vezes até que se torne uma condição, mas....

domingo, 16 de novembro de 2008

Um MiMo**_____________ p'ra ti

Coldplay - Speed of Sound

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Love____by_me**


"Won't you dance with me
In my world of fantasy
Won't you dance with me
Ritual fertility
Like an apparition
You don't seem real at all
Like a premonition
Of curses on my soul"
Nouvelle Vague
After all, I still love you..




terça-feira, 4 de novembro de 2008

Depois...*

Admirada pela revelação de que tudo encontra o seu lugar no mundo e iludida por pensamentos mistificados, segui rumo à cogitação.
Lembro que o ar estava abafado e a minha face sentia o toque de uma chuva miudinha que teimava em bailar. Era chuva de Outono. O céu embrenhava um brilho azulado e uma percepção instantânea da estrela da tarde que fazia estremecer com espanto os meus olhos. Em redor de ocultos alcances reconheço aparições de vozes interiores que gritam por ti, que almejam as noites quentes de Verão. E, já mais tarde, arrastada numa insónia que proclama por uma eterna permanência tua, percorro os esconderijos dos pensamentos mais ocultos dos jogos que encerramos. No limite de uma loucura sadia, deixo ao acaso cada suplantação de pedaços de uma imaginação conflituosa que vai reconstruindo aos poucos cada momento agraciado pela tua presença. Nada é deixado ao acaso… A cada passagem efémera traço sorrisos incrédulos da intensidade do que sinto. Seguramente forçaste as minhas barreiras, atingiste com zelo o meu coração e fazes-me suspirar excessivamente. Sim. Ainda! Vivemos intensamente porque sempre acreditamos que cada minuto depois era um minuto antes de qualquer coisa. Lembras das nossas cumplicidades transparentemente sugestivas do cheiro da tentação? Lembras como eram risonhas e maliciosas? (Adorava quando me prendias o cabelo nas tuas mãos… Adorava quando divinamente passeavas pelo meu corpo. – Esboço, agora, um sorriso contemplativo!)
Chega a ser custoso permanecer na realidade e não poder esticar os braços na imaginação contemplativa das horas que foram perfeitamente caudais de atrevimentos e que se soltam agora em mim em forma de lágrimas de saudade…


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pintar a vida a cores

...O meu alter ego é agora aquele ninguém que mais me incomoda neste momento,
o meu outro lado...


...minha frente e o meu verso!...


...tantas vezes me conduz para a magia,
hoje arranca-me dos sonhos...


...Doce ou fraca conforme me apetece....


...Esquecida por todos e esquecida por mim. ...


...unum...

Regina Spektor - Fidelity

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Brincadeiras de amor

“…Um murmúrio de espanto onde o teu sorriso é projectado desse teu rosto liso. Usas esse sorriso incolor e num gesto fazes-me sentir ondulações voluptuosas de amor. Petrifico com esse momento e progressivamente perco a nitidez das certezas. Os nossos olhares flutuam pelos segredos comicamente indecentes que provocam distensões na nossa tez. Projecto em ti os meus braços e escondo o meu rosto no teu peito. Num voo rápido de simples palavras sopraste ao meu ouvido cânticos de dias formidavelmente belos. Ecoaste junto da minha face literaturas de carícias. Manifestaste pelo meu corpo actos eficazes de intensa e vibrante paixão numa cena de encontro entre dois amantes. Senti a poesia do teu corpo. Senti a poesia da vida….”

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Interioridades

Simbólica é a mensagem que pretendo transmitir sobre pilares de figuras que se entrelaçam transversalmente sobre o que penso, sobre o que sinto. Posso começar por afirmar ao som de compassos melódicos que infinitas vezes acalmaste o meu espírito sobressaltado pelos gritos que a vida, através de fortes arcadas, me transmitiu e que alegoricamente tentou ramificar pelas abóbadas da minha alma. Visões horríveis que não pretendo figurar mais.
Da tua danação pelos fantasmas, que insistem em atormentar a vida das sumptuosas colunas de felicidade que suportam a vida, recolhi rigidez, coragem, vida… incrível como mesmo reunidos em consistório tu os vencias com as tuas palavras. Delas tive visões potentes que sacudiam as dores que sentia no peito, dores que me espetavam e me sangravam a vida, dores que me ceifavam os sorrisos dos meus lábios.
Leste as gotas truculentas que fui deixando aqui, ali… Juntaste-as e tiveste a capacidade, a sagacidade de inspirar, criar um rio inspirado nas procissões das minhas dores. Soubeste sem saber paparicar as feridas do meu espírito e brotaste expressões leves no meu rosto. Apertaste contra mim imaginações de simples mas suficientes esperanças. Ergueste-me do chão, conduziste-me ao pátio da luz e manuscreveste amplas janelas de traduções para o que transtornava severamente os meus dias. Traduziste, portanto, o que desdenhava descobrir: a verdade do erro .
Aconselhaste-me a interpretar de forma não exagerada os fantasmas monstruosos que inspiravam os meus riscos, os meus traços visíveis e invisíveis. Aludis-te que evitasse a ira, as emblemáticas metamorfoses que conduzem a alma à luz trémula de quem está próximo de cair bem fundo. Mencionaste as fábulas da elevada moral, da luz forte. Deste-me o teu testemunho… Não foste o salvador, mas o sublime que, na parte obscura da história da descoberta, me forneceu as pistas sem qualquer insinuação ou suspeita. Consideraste-me.
Contigo compreendi que a vida não se contempla. Compreendi que a vida é uma história que devemos viver.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

No inferno, com o coração..

É uma espécie de reverência sobre um assunto esquecido e cuja expressão é intrépida. O sorriso, esse, ainda continua contido, acanhado, mas ambicioso e com sede de espelhar indícios indulgentes de felicidade. O essencial agora é saber amedrontar o silêncio e experimentar um dia de cada vez com o ardor e pensamento de pessoas que exprimem sem incómodos e privações de nada, amizades e gestos elegantes de extrema cumplicidade, livre daquele nudismo provocado pela opacidade. Prorrogaremos a seriedade contida neste voltar de cara para o mesmo lado…
No escuro beijei pensamentos de longa duração, acariciei palavras proferidas, abracei a tua memória. Nesta pausa visualizo o teu retrato cheio de sombras e relevos. Finjo ter esquecido aquelas tristes figuras, que de desgosto a sentimento amargo tudo possuem. É ridículo? Sim, é. Tenho muita pena, mas estas visões ainda me ofendem a moral com uma única diferença… de um ódio inextinguível que me sofria o coração passo a gestos de indiferença, indignações sem esperança, actos de fazer perdoar a dor. Indiferença? Sê-lo-ia em todo o caso… mas no confronto: se te olhasse nos olhos, se te acariciasse essa expressão secreta, se te delineasse o corpo, se te beijasse a tez, era com uma simplicidade desumana que te diria “gosto-te” sem pudores, sem censuras, sem desapontamentos, sem arrependimentos.. E aí enchia o meu desgosto e piedade com o calor da paixão translúcida que surgiria do limiar de cada toque prevaricador, de cada maneira estranha e tímida de sentir-te.

(Re)Suspiru**



Quando apago a luz e tento dormir, sinto as ondas que irrompem o quarto soprando-me ao ouvido aqueles sons que me fazem respirar fundo… penso que seja por haver dias como estes, onde o conhecimento esperado se transforma em nostalgia de tempos que foram…
Porque o que um dia fez sentido...

...deixa de o fazer.

Porque o que um dia foi...

...não o é mais.
Regresso!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sem Suspirus



Porque o que um dia fez sentido...
...deixa de o fazer.
Porque o que um dia foi...
...não o é mais.
Despeço-me.

Foi um Prazer.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sons d'Espírito ~8~




Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…

Vida á média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebois, apesar…
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…

Não me deixes já
Historia que não terminou
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…


No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…



Per7ume - Intervalo (parte especial de Rui Veloso)



(DELICIOSA...)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Marasmo...


Fecho os olhos e procuro a harmonia nos meus pensamentos. Faço-os rodopiar um pouco com a intenção consciente de os confundir. Pressinto que neste jogo também eu me confundi. Existem muitas lacunas no meu sistema intelectual, lacunas que não compreendo, lacunas que estão para lá da minha compreensão. Talvez sua compreensão até seja impossível. Talvez... Invoco imagens com vontade e intuito de alimentar certezas mas tudo quanto consigo é uma série de neutralidades que se esbatem em mim e troçam da minha sabedoria. Por mais que aprecie desafios começo, de pouco a pouco, a tomar conhecimento das minhas limitações, quer físicas, quer intelectuais. Começo definitivamente a apreciar o silêncio das certezas e a calar os mínimos pormenores que ateavam a minha curiosidade. Confesso que o faço com determinado alívio. O bastante para não procurar sequer as ideias que poderiam esclarecer estes meus novos ataques de estar na vida, de estar no mundo. Estes novos ataques de simplesmente ser, estando... À tona uma série de contradições acentuadas carregadas de enigmas que não quero mais. Quero pronunciar palavras soltas, sem definições bizarras, sem acentuações exageradas. Sigo com prazer o afastamento que as sensações me causam. Sigo com prazer a aproximação que as mesmas me proporcionam. Sigo a aceitação sem questionar a razão. Tomo e aceito um comportamento e envergo-o se assim entender. Tomo e aceito as impressões da vida sem refutar a lógica. Instalo-me activamente na passividade. Não baixo os braços. Apenas não faço questão de mostrar que os ergo. Deixo de agora em diante os desafios das dialécticas estranhas. Tomo tudo como efectivo e não exploro as suas possibilidades. Não aceito mais as contradições daquilo que simplesmente é contraditório. E sabes porquê? Porque luto pelo encerramento da existência deste sofrimento que é tentar perceber. Porque luto pelo encerramento da inexistência da necessidade de viver. Não vou mais desafiar respostas dadas. E sim, tenho consciência desta enorme contradição de palavras que acabo de expressar. Mas eu sou assim. São coisas do meu ser. Ou da minha falta de ser!! Sabe-se lá... Apenas sou Eu! Uns dias cá... outros lá.

domingo, 15 de junho de 2008

Rogo...

Tudo está demasiadamente silencioso cá fora... Reparo na calma do mar. Aliás, reparo que tudo o que me rodeia apresenta uma aparente calma. Uma calma que chega a contrastar exageradamente com o turbilhão que carrego dentro de mim. O tempo está cinzento e parece que vai a qualquer instante suspirar trovoadas. Trovoadas que já pairam na minha cabeça faz tempo. Trovoadas que emitem sons irreais.
O meu olhar fixa agora aquele ponto mais longe que consigo imaginar. A minha expressão é fixa e nada parece desvia-la do foco. De repente o meu interesse é assolado por percepções que tento a muito custo evitar. Sem dúvida que as percepções são simplesmente mais uma ilusão daquilo que tanto desejo. Nunca mais pára! Nunca mais pára! Porquê? Diz-me Meu Deus... só peço que retires a sua presença do meu pensamento... já nem peço para tirar do meu coração! Não achas que está na altura de alterares a minha vida? Porque estás Tu a limitar o meu infinito espírito de continuar o seu caminho? Altera, realtera, ordena, reordena... mas tira isto de dentro de mim que me está a consumir. Ouve-me.

sábado, 14 de junho de 2008

Na Presença de uma Recordação

Lado a lado caminhávamos ao longo de todo aquele gradeamento, lembras? Ainda me entusiasmo sempre que recordo as nossas conversas, parece que ainda escuto a tua voz doce, melancólica, viciante, deliciosamente agradável. Igual a ti!! Adorava ouvir-te falar.
Recordo a tua prudência instintiva que te dotava de um encanto fatalmente intelectual, onde a tua curiosidade se confundia numa inocente caracterização digna de um gentleman. Sim, as tuas palavras eram suaves melodias que me embalavam... As tuas palavras eram uma sinfonia que nos envolvia em deambulações.
Ao lembrar este estado anterior a minha alma ainda entra em contacto directo com cada sensação sentida, partilhada... a minha alma ainda entra em contacto directo com a tua. Enquanto te sentir vou fazer parar o tempo várias vezes para... para fechar os olhos e caminhar lado a lado contigo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Consciencializações Inconscientes

Atravesso o terraço e sobre mim caiem olhares da mais profunda solidão. O meu desprezo intensifica-se e experimento hostilidades que o meu corpo começa a libertar tão perfeitamente à vontade que não chego a ter consciência dos mesmos. É um comportamento depreciativo, bem sei... e portanto depressa passo por experiências de temíveis culpas, de temíveis consciencializações que jamais havia imaginado.

Contemplo e recordo os episódios nocturnos que me têm assombrado. Episódios que penetram o meu sono, que agitam o meu outro mundo, o meu universo espiritual.


-Oh, como me sinto cansada...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ornatos Espontâneos...

Posso até dizer de forma exagerada (tenho perfeita noção disso) que aqui posso deixar e guardar as minhas secretas anotações. Registos de palavras de vida. Registos da minha audaciosa vida. Percursos encenados. Provocados! Excitações de planos atingidos… Quase diariamente busco alucinações de uma compreensão incompreendida. Mas sempre assumi o risco. Alguns chamam-lhe forma exagerada, extremos radicalismos de quem não tem o que fazer. Eu diria que são provocações de um espírito crítico. Presumo que no fundo, e porque de inocente nada tem o ser humano, seja uma forma de assumir escolhas através de emaranhações psicológicas. Talvez o lado mais longo. Talvez! Talvez um esforço necessário á conquista das pessoas…

domingo, 8 de junho de 2008

Pedi ao Mar que Guardasse o meu Amor


Já não sei como amar... olho-te de uma forma desesperada e mais que nunca peço auxílio, peço absolvição pelos meus pecados. Confronto a tua agitação com a minha. (Como me sinto ousada ao desafiar-te.) Estás diferente, revoltado a enlaçar de forma brutal as tuas águas. Sentada e a recuperar do nosso confronto transito para um estado de tristeza que faz com que fios de lágrimas risquem a minha face cansada e sofrida. Lembro os meus dias de menina... vejo o meu corpo de mulher reflectido numa sombra desnivelada pela ondulação das areias que não cansas de banhar, que não cansas de refrescar. O vento que toca a minha face é cada vez mais forte e com ele vem a consciencialização desta certeza...

Está na hora! E porque me amo e amo tantas pessoas, acabo de pedir ao mar que guarde o que sinto por ti.... Quando quiseres pede-lhe que ele devolve-me tudo de novo...




quinta-feira, 5 de junho de 2008

Apelo num retalho de vida

Os meus instintos e sentimentos não estão de acordo com aquilo que penso, com as minhas ideias. Contrariam as minhas vontades. Sinto-me imbecil. Sinto que o meu espírito reage ilogicamente a estímulos que atormentam o meu descanso. Nesse silêncio só sinto reprovação...

Rapaz encantador, acreditas no amor? Acreditas no poder do amor? Sentes o meu amor?




Não devia ter desafiado essa força... Acordei o monstro!


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Á deriva das tuas marés


Olho os barcos que estão atracados no cais. Olho aqueles que se afastam. Olho os que se aproximam. Possuem cores que aquecem a alma e não temem emproar sátiras da vida de comuns.
Neste momento de solidão lembro de ti e reparo na corrente forte que nos prende...
Na minha cabeça giram correntes de um tempo que não existe, nunca existiu. Na minha cabeça tento remar contra esta maré visível cheia de invisibilidades. Tento remar contra uma maré fora do alcance.
Guia-me por um tempo deslumbrado conhecido e talvez feliz. Guia-me pela noção sem sobressaltos. Guia-me...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gritos no Vazio


A explicação poderia passar por inúmeras fases. Fases de um só estado de espírito. Fases de um só estado de vida. Fecho os olhos e consigo visualizar tanto de nada e o buraco negro que sinto no peito aumenta. Grito silêncios de fuga que não calam nem acalentam esta dor. Grito riscos de uma linguagem que desconheces. Grito odores do sentimento que transpiro por todos os poros que este meu corpo possui. AMO-TE. Atrevo-me a dizê-lo. Atrevo-me a senti-lo. E sabes? Desespero por isso.



(Aproveito para agradecer a todos os que contribuíram para a saga da 'Troca pela Troca')


segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Troca pela Troca VIII


“Às vezes somos possuídos por uma sensação de tristeza que não conseguimos controlar…percebemos que o instante mágico daquele dia passou e nada fizemos. Então, a vida esconde a sua magia e a sua arte.
Temos de dar ouvidos à criança que fomos um dia e que ainda existe dentro de nós. Essa criança percebe de instantes mágicos. Podemos sufocar o seu pranto, mas não podemos calar a sua voz. Esta criança que fomos um dia continua presente. Se não nascermos de novo, se não tornarmos a olhar a vida com a inocência e o entusiasmo da infância, viver não terá mais sentido.” - Paulo Coelho - Na margem do rio piedra eu sentei e chorei

"Eu acrescento…deixemos que a criança que existe em nós veja “as fadas e os anjos”, veja “a magia” que existe à nossa volta…e que nos ensine a amar…o mais puro e verdadeiro dos amores… "


De: alguém que quer voltar a ser inocente

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A Troca pela Troca VII

[Pensamento]

"Toda a saída é uma entrada para algum lugar."

De um Pensante...


segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Troca pela Troca VI

[Entardece no Horizonte]

" No horizonte cai sempre um pano diferente que, como por magia ou ilusão óptica, transparece uma imagem tão igual a tantos outros horizontes caídos em dias sem fim. É a imagem do infinito que prende o olhar triste que algumas vezes trago comigo, mas também o olhar feliz que me faz sorrir para este infinito que observo nos últimos tempos. É certo que a imagem de um horizonte caído no mar é belíssimo, mas descobri ultimamente que olhar para ele entre as montanhas o torna mais forte e especial. Afinal, é por vezes nas dificuldades e nos diversos panoramas que consigo visualizar detalhes que transformam tudo e me ajudam a sobreviver.


São rasgos fortes de emoções, estes de uma vida preenchida de vivências.

Vivências extraordinárias cheias de aventuras, sofrimentos, dores, alegrias e especialmente... entrega total.


É...

São muitos os segundos que penso que entardece e foge este tempo que me marca com sinais ternos, mas também frios como facas afiadas de lâmina cortante. Não é que fique desiludido com tudo o que me rodeia, mas quase como que por vontade imprópria fico observante de tudo o que me rodeia e reparo que existem muitos erros associados a um ser que sou eu.


Nunca será tarde demais.


E sei que existo para ser diferente e fui feito para lutar, talvez não seja este o local certo e então terei que descobrir onde.


O horizonte é o tal infinito à distância de um salto que voltará a mostrar um novo infinito a cada passo ou salto que der, mas terei que o dar sem dúvida nenhuma.


Vou entardecendo no horizonte de todos que vai sendo o meu.


Beijo amiga."


Escrito por Jorge Valente

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A Troca pela Troca V

[Beauty]

"Apenas um suspiro..."


Fotografia e comentário de Elsa Alves

terça-feira, 13 de maio de 2008

A Troca pela Troca IV




[Sem alternativa, só podia ser!]




"Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela, E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar."


Alberto Caeiro




"Com este poema deixo um traço das minhas emoções... "


Por João com amizade






quarta-feira, 7 de maio de 2008

A Troca pela Troca III

[A solidão de uma lembrança]





by a friend

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A Troca pela Troca II

[Believe]

Lenny Kravitz "Believe"

"Todos somos únicos. Eu sou única. Tu és única. Não imitamos ninguém. Somos apenas a nossa própria imitação."

Escrito por Eu sou Eu

terça-feira, 29 de abril de 2008

A Troca pela Troca I


[Play]

"A luz apagou-se! Um grito calado ecoou…a luz, a minha luz, a nossa luz! Instalou-se uma azáfama invulgar, um corre-corre na procura da solução para a escuridão do espaço. Acendem-se as velas, uma a uma, como se de um ritual se tratasse. O meu refúgio é invadido por uma luz ténue mas cheia de calor. Projectam-se, nas paredes brancas, sem cor, as sombras de mim e dos meus desejos. Fiquei totalmente despida. Olhares desconhecidos percorrem o meu corpo… sinto um arrepio que me percorre o pescoço. A respiração acentua-se. A vontade de gritar é iminente. Lentamente, volto a colocar todas as peças que outrora cobriam a minha figura. Sinto as fragrâncias que circulam em meu redor. Viajo! Sinto a água a bater no rosto e a purificar a alma. Uma torrente invade, sem pedir licença, os meus olhos e essa água salgada e cristalina palminha cada centímetro do meu corpo. Sinto o tactear de cada gota a explorar os sítios inexplorados do meu ser. Está a ficar frio. Acendo mais uma vela, mais um pouco de calor para afagar a ansiedade. De novo uma sombra. Espera! É um vulto diferente dos outros. Tem uma silhueta indefinida, capaz de hipnotizar o meu olhar e sacudir todas as minhas certezas. Fiquei sem defesas! Escureceu. Restam as sombras da certeza. Uma gargalhada atravessa as chamas. A luz ganha nova força. Torna-se rápida, ardente, quente, sufocante. Velas para quê? A luz acendeu-se!"

Escrito por Menina Bonita


terça-feira, 22 de abril de 2008

O meu Tempo precisa de Tempo

Devemos adaptar a nossa vida ás nossas necessidades...

PS.: Eu gosto de ti

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Sons d'Espírito ~7~

The Corrs & Bono - When the Stars Go Blue (Live 8)

domingo, 20 de abril de 2008

Ao Som do Brilho das Estrelas

Os argumentos são os mais fortes. De entre a multiplicidade de coisas que concorrem para a colisão dos meus fins particulares, tu elevas-te de uma forma incalculável que vai para além da minha destreza cognitiva. Activas os meus cinco sentidos como nunca ninguém o fez e espiritualizas a minha simplicidade, a minha despretensão. Tu enches a minha alma!
Hoje caminho pela vida de ombros curvos e luto, mas não consigo apalpar o resultado desta minha luta. Estou a ficar impaciente… e pior, estou sem ti. Tento esquecer-te, tento representar-te de um outro modo que não esse que me deixa assim, sem forças. Tento representar-te de um modo que não esse, o de um ser de consciência tranquila, de notável engenharia intelectual, de um ser que sorri com sinceridade e com métodos pragmáticos e hábitos magníficos que neutralizam a minha dor. Como tem sido difícil esquecer-te!!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A pedido da tristeza

A dor é ilimitada e pulsa a cada respirar meu. Esta dor fere, rasga-me o peito e revela-se insustentável. Sinto falta dos meus dias sadios e dinâmicos, sinto falta do sol que habitava em mim. Sinto a tua falta. Sinto a falta do calafrio que provocavas em mim de cada vez que me tocavas, sinto falta de quando secretamente me despertavas.
Vem brotar sorrisos nos meus lábios, vem sentir o meu corpo afrouxar depois de tanto te amar, vem sentir a minha pele morna de pecado. Vem…

terça-feira, 15 de abril de 2008

Perdida nos teus recantos


Olho a corrente que deixaste para trás. A corrente de memórias, de histórias com ou sem títulos. É uma corrente luzidia, tal qual o teu olhar. Uma corrente benigna, pacífica, suspensa no tempo que cobre as margens dos meus pensamentos.
Com alguma ânsia peço licença para a libertação causando até uma ligeira impressão de um ser tolo. As alterações mentais que me afeiçoam neste momento conduzem ao descrito pelos alienistas como uma loucura saudável.

Sempre te vi como um emissário de luz. Um ser que projecta a beleza, mas possuidor de uma realidade confusa, uma realidade que nem todos os homens conseguem viver. Não sei porquê que fui atingida pela tua esfera complexa e enigmática. Não sei porquê. Não sei porque escolhi eu amar a linha negra do horizonte, raiada de dúvidas e ar taciturno, quando tinha um mar azul escaldado pela luz do sol. Porque preferi eu a absurda luz da ilusão, à melodia das rebentações? Qual a razão? Qual o significado?
Oh como é pesado este sofrimento que trago no peito! E grito em silêncio dores de quem sofre por não te ter. A minha expressão é o retrato perfeito da infelicidade. Quando irei eu sentir o sabor da realidade honesta? Porque fui eu abandonada por este deus do meu Olimpo?
Tu és o meu conforto, a minha fonte de vitalidade, o meu caminho, o meu hábito que se tornou exasperante pela tua não presença.
Vem revelar-me finais felizes, vem invadir a minha insignificante existência, tumultuar as minhas horas, os meus recantos mais recônditos, tal como sempre fizeste… faz-me sentir novamente o entusiasmo que é viver.

Ouve os meus suspiros… e surpreende-me num acordar para a felicidade.

sábado, 12 de abril de 2008

Sons d'Espírito ~6~


Damien Rice - Cannonball
Hoje alguém esqueceu de dar cor ao ceu...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Causa Comum

Era um rumo que já tinha sido percorrido. Uma nova tentativa para de novo alcançar uma nova partilha já tantas vezes partilhada.
A vontade era imensa e tudo à volta indicava uma nova esperança. Agora penso que sem isso não estaria aqui. Não acredito em coincidências porque acho que tudo tem uma razão de ser. Durante muito tempo achei que todos os erros poderiam ser corrigidos... que inocente! Alguns foram, confesso, tempo de pouca duração!
Tudo foi mágico, belo, até de novo sermos apanhados pela monotonia da partilha diária. Momentos amargos começam a surgir e como que por feitiço apagam todos os bons momentos que agora, neste instante, neste segundo passam pela minha memória. São acções mal interpretadas, são situações mal esclarecidas, são palavras que nunca deveriam ter sido ditas e como consequência, que nunca deveríamos ouvir! Em suma, uma bagagem cheia que com o tempo começa a ter um peso insuportável, uma bagagem difícil de carregar.
Os corajosos tentam, os mais fracos desistem. Nós tentamos e depois desistimos. O que somos? Uma espécie de meio termo entre os corajosos e os fracos? Não. Fomos seres que lutaram lado a lado por uma causa comum, e depois fomos seres que lutaram isoladamente pela mesma causa.
Mas estranhamente essa causa comum passa por ser a minha, a tua, mas nunca deixa de ser a nossa! Confuso? Talvez...
Existe alguém que compreende.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sons d'Espírito ~5~

Wonderland - Sensation

domingo, 6 de abril de 2008

Conexões com o imaginário


Não se via mais ninguém naquela estreita rua, apenas as nossas finas figuras que projectavam sombras subtis, sombras que se fundiam naquelas paredes de compassiva natureza branca. Sombras que focavam uma confiança e uma mistura desajeitada de lógica de paixão e de inconsciência de amor. Sombras que brindavam a união dos nossos corpos numa encantadora perspectiva.
Receio que aquelas paredes nunca mais testemunhem semelhante união. É com alguma dificuldade que relembro aquele momento que durou apenas aquele tempo que tinha que durar e nem mais um segundo. Relembro as marcas daquele beijo que exprimiste com a força suficiente para provocar aquele arrepio que nos proporcionou o reconhecimento apaixonante dos nossos sentimentos. Meus pensamentos deslizam agora nesses momentos...deixa-os andar um pouco perdidos em divagações.
Foi com gozo que que regateamos cada gesto, lembras? Lembras a forma como me conduzias pelos mistérios da noite? Eu lembro cada segundo. Lembro como absorvíamos cada partícula de alma um do outro e a forma como as partilhávamos, porque nós nunca encontramos dificuldade em manifestar as nossas ousadas demonstrações e sempre tivemos um jeito muito próprio para o fazer. Nesses instantes de murmúrios e estremecimentos tudo á volta assumia uma insignificância inexplicável, embrenhávamos pelo mistério e levavas-me ao paraíso. Adorava o teu mistério divertido e melancólico que arrastava sorrisos aos meus lábios. Sabias lidar com o meu jeito mimado, aniquilavas o meu mau génio e acalmavas os meus inconstantes estados de ansiedade. Eras fundamental, essencial. Permite que te pergunte: não sentes a minha falta? Porque eu ainda procuro a tua presença. Porque tu ainda és aquela coincidência que vive na minha memória sensorial, aquele que a determinada altura me conduz a velhos fantasmas, que ilógicamente me proporciona viagens nos desencontros do tempo e do espaço, mas fico feliz, sabes? Porque estes velhos fantasmas, estas viagens são a única imortalidade que podemos experimentar nesta vida como mortais. A única forma de compartilhar. A nossa!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Sonho


Acordo na esperança de encontrar o sentido.. triste amanhacer! Olho em redor e tudo permance igual, a mesma solidão, o mesmo espaço vazio... a mesma dor.
Penso em várias formas de me livrar deste peso! Em vão...
Porquê?
Onde, em que altura errei?? No fundo até sei a resposta...
Eu não quero isto... mas será que me preocupo muito com a questão? Não me parece! 'Viver o momento' - Raio de filosofia... que consequências devastadoras isto me pode trazer, (ups, já me trouxe). Se tenho consciência? - perguntas tu... Pior é que tenho e estas palavras são prova disso. - Então porquê? - De novo perguntas... Chega!!! Tanta pergunta, quando o importante agora é largar, partir, deixar...
E já agora porque falo eu contigo?... Agora sorri, (lembrei de ti)...
Por acaso, sem procura, foste a única coisa que conseguiu desviar a minha atenção. Nada fizeste... mas fui levada, e continuo a ser. Em cada palavra tua encontro uma paragem de descanso deste meu drama! E como gosto de descansar em ti... Em ti não procuro nada e encontro tudo. Agora é a minha vez - E porquê isto? - pergunto, passou-me assim algo de repente... será? Sem dúvida que é... Não consigo aceder-te. Sou incapaz de saciar esse modo de ver. Sinto-me pequena perante tão grande ser. Não te chego. Não te alcanço. Tudo isto me irrita, desafia-me... e tudo isto faz-me andar, seguir...

Acordo... sonho estranho!

Sons d'Espírito ~4~

Alicia Keys - Like You'll Never See Me Again
Sinto-me: de rastos
Sem tempo para ler

domingo, 30 de março de 2008

Ilusões Evidentes


Instintivamente encontrei-te e é com relativa facilidade que recordo noites excepcionais, não só pelas condições atmosféricas óptimas, mas também porque durante algum tempo foi-me permitido contemplar-te sobre aquele que era o som das ondulações inquietas da natureza que tanto amas. Um tempo que estou impedida de descrever pela sua extraordinária e deliciosa raridade. Lembro uma noite em especial em que a lua acendia uma luz no escuro e os nossos olhares foram a voz perfeita para o nosso diálogo. Consigo ainda fechar os olhos e sentir o toque das tuas mãos a percorrer o meu corpo, sentir o gosto dos teus lábios nos meus...
Diante de ti observo agora que não consegui quebrar o velho hábito de te admirar... contudo a voz que poderás ouvir será uma voz áspera, uma voz arrastada pela amargura. Ilusão!!
Não sentes que na minha vida tu continuas a ser um tópico essencial. Não sentes isso quando te olho? Não sentes isso quando te digo que não passas de uma simples frase no conto da minha vida? Não sentes?
Sinto-me: Atarefada
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

sábado, 29 de março de 2008

Se...

...eu fosse uma cor, seria azul!

Qual seria a tua cor?

Sinto-me: Blue
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

sexta-feira, 28 de março de 2008

(Re)criações Temporais


Nesta noite coberta por um manto de veludo negro sinto a tranquilidade dos meus pensamentos que se ausentaram deste espaço físico para te irem visitar. Sentiam falta da tua presença, do teu brilho. São simples fugas que o meu pré-consciente inventa apenas para que todo o resto do meu corpo não se contorça de infelicidade. Assumiste um papel, um significado na minha vida e por mais que me tente livrar deste significado mais presa a ele me sinto.

Dou de frente com o teu olhar de criança. Com ele arrancas de mim pulsações ao ponto do meu coração ficar ensurdecido e estrangulado de tanta dor. Arrancas de mim lágrimas de tristeza por não te ter. Disfarçadamente tento distrair-me da tua presença. Em vão. A tua imagem foi absorvida pelos meus olhos e eles não vão largar-te.
Diante de ti sinto paixão, contudo não consigo deixar de sentir um trago amargo pela tua indiferença, pelo logro...
A tua tortuosa ausência esvoaça em torno de mim, em torno daquilo que sinto, em torno de tudo aquilo que sou. Será que algum dia compreenderás estas minhas palavras?


Meus pensamentos voltaram... Que nunca pintes estes mesmos desenhos que esboço agora.





Sons d'Espírito ~3~

Mat Kearney-Breathe In Breathe Out

Sinto-me: a sufocar
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

quarta-feira, 26 de março de 2008

Tenho pena e não respondo

"Tenho pena e não respondo.
Mas não tenho culpa enfim
De que em mim não correspondo
Ao outro que amaste em mim.
Cada um é muita gente.
Para mim sou quem me penso,
Para outros - cada um sente
O que julga, e é um erro imenso.
Ah, deixem-me sossegar.
Não me sonhem nem me outrem.
Se eu não me quero encontrar,
Quererei que outros me encontrem?"

Fernando Pessoa



Sinto-me: Sossegada
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

segunda-feira, 24 de março de 2008

Ausente em parte incerta


De comportamento frio, confias nas emoções com alguma reserva... não gostas de ser surpreendido. Procuras a razão que tantas vezes te tira o prazer de cada sensação. Na realidade és alguém prudente...
Aparentemente sem dificuldades, procuras o topo, a magnitude mas... és incapaz de te afastar da perturbação do teu inconsciente, o que te prende nessa tua luta pela ascensão.
Tens altas fantasias, a ti ninguém chega... és supremo. Possuidor de alta frieza, contudo, sensivel aos sentimentos mais nobres ( o que te torna irresistívelmente agradável...Uma espécie de heroi original, não típico). Aparentemente sem fraquezas...
Pensas ser um eterno solitário no meio de tanta gente...não és.
És justamente... um ausente em parte incerta.

Mas é só o pouco que penso de ti...

Sinto-me: Decidida
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

domingo, 23 de março de 2008

Desilusão Permitida

Como expliquei no início o tempo cegou-me, o meu coração está apreensivo e sente as fúrias de um tufão. Pela frente a certeza de um grande problema, de um grande desgosto e este desgosto existe porque um dia me atrevi a sentir o gosto. Amei-te e agora sinto a raiva a apoderar-se de cada parte constituinte do meu corpo. Valha-me Deus! Como me fazes falta.
Gostaria de contar a história tim-tim por tim-tim... mas hoje não.









Sinto-me: Estranhamente estranha
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

sexta-feira, 21 de março de 2008

Devaneios


Apesar de reconhecer a saudade que sinto sou capaz de também tirar algo de positivo de tudo isto, é como se de uma força se tratasse, uma força espiritual muito forte que se sobrepõe a toda a dor que o sentimento reconhecido provoca. Esta sensação deixa-me desamparada e esta forma de estar torna-se nítida a qualquer olhar atirado sobre ela.
Costumo ter visões tuas que saem do meu inconsciente e que eu alimento de forma surpreendente. São imagens que as minhas palavras não conseguem exprimir e sempre que tentam fazem-no de um jeito impreciso, de um jeito imperceptível. Sinto um nó na garganta sempre que te recordo.... os meus olhos almejam ver-te. Tu és a minha secreta alegria.
Inquieto-me sempre que passo dias sem te por a vista em cima. Sinto-me castigada por amar-te tão imensamente. A paixão que professo é um refúgio que encontrei e neste refúgio sou compreendida, protegida, mas neste refúgio também sinto a solidão duplamente. Achas que me importo? Não me importo porque sou mulher para transformar esta solidão em momentos partilhados e faço-o com recurso á minha imaginação e fantasia. Estes momentos são apenas a tela em branco que pinto com as cores da minha vida. Acredita quando te digo que tenho em meu poder quadros lindíssimos. Quadros que retratam aquilo que está para além da compreensão humana, aquilo a que só os deuses têm acesso.
Neste momento desenho o teu rosto, um rosto perfeitamente invulgar e como que por magia sobreponho sobre ele uma das tuas mãos aristocratas e frias. Evoco piedade pela minha alma ao desafiar os deuses a confrontar tanta perfeição.
Muitos são os que não têm a capacidade para compreender esta minha experiência, estas minhas aventuras imaginativas. Não me importo com o que pensam.
Não consigo resistir á inspiração que me surpreende sempre que passeias pelos meus pensamentos e como gostas de passear neles e deixar aquela melodia suave que me arrepia a alma e sacode a única coisa viva que sinto dentro de mim: o meu amor por ti!
Confesso que já senti raiva e ciúme daqueles que marcavam presença nos mesmos momentos que vivias. Agora acredito que secretamente procuravam um pouco daquilo que espalhas com o teu toque, com teu olhar, com cada gesto teu, com cada palavra, acredito que procuravam vida para além das suas vidas. Procuravam mais vida.
Intemporalmente imagino-me a teu lado. E sabes que tem alturas que consigo mesmo sentir a tua presença? Digo estas palavras com alguma timidez, afinal através delas exponho a minha alma, abro o meu coração. Quando te imagino existe algo espiritual em torno que faz com que num lento mergulho as nossas almas se encontrem e dancem um pouco nesta vida que tem sido tão cruel com os meus sentimentos, que tem sido tão cruel ao afastar-me da outra parte que me completa, ao afastar-me da extensão de mim. Ao afastar-me de ti. É estranha a teia que o destino constrói para nós.
Olho o chão e conformo-me que nada há a fazer. Observo agora o vazio que sinto neste mesmo momento... este vazio é bastante nítido e penetra a minha consciência cada vez mais. Sinto agora o corpo a ser pressionado, a emergir no meio de tanta imprecisão.
Não demores. Vem e leva-me. Apazigua os meus caprichos de menina mimada, os meus sentimentalismos de mulher. Segura-me porque estou ao teu alcance agora. Delicia-me nestes momentos de dúvida e reflexão. Embala-me com as tuas movediças palavras. Segura e protege-me porque sou tua.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Noite de (en)canto!

Acordo com uma bela melodia. A natureza manifesta-se da forma mais carinhosa. Um dia especial... Sinto-me tua. Sinto-me leve. Feliz, sinto-te. Nos meus lábios o teu gosto. No meu coração um amor que é para ti. Só para ti. Podia ser mais um dia. Não é. É um dia após uma noite. Noite linda. Noite mágica. Noite de luz. Brilho. Recordo... Um beijo mágico. Um beijo que fez tremer. O meu corpo. O teu corpo. A união dos teus aos meus lábios. A união que levou vida ao meu coração. "GIRÂNDOLA". Nunca esquecerei...
Sinto-me: Igual
Estou a ler :“A lista de Schindler"

Sons d' Espírito ~2~

Bodyrockers - I like the way you move

Sinto-me: Enérgica
Estou a ler :“A lista de Schindler"

Aqui, nada!

Aguardo expectante... cruzamentos sem encontros, evasões no descanso.
Mesmo não tendo deliniado nada, consegui deslindar muito.E por tudo que disse não dizendo... Aqui, nada!


Sinto-me: No fim do dia
Estou a ler :“A lista de Schindler"

quarta-feira, 19 de março de 2008

Conflito de vontades

Hoje seria um daqueles dias em que partiria sem destino para bem longe. Sem destino, modo de falar... Saberia perfeitamente para onde iria e com quem estaria. Não estaria com ninguém - seria impossível esta minha vontade - mas que bem saberia pensar que estaria perto!! Bem perto... bem perto de alguém. Alguém que sei bem quem seria. Hoje. Hoje não estaria com, mas perto de.






Sinto-me: Com os azeites

Estou a ler :“A lista de Schindler"

terça-feira, 18 de março de 2008

(re) sentir


Amo.te
Agora ensina.me a amar.te








Sinto-me: Sei lá
Estou a ler :“A lista de Schindler"

sábado, 15 de março de 2008

Sons d' Espírito ~1~

Duffy - Mercy

Sinto-me: Indomável
Estou a ler :“A lista de Schindler”

quinta-feira, 13 de março de 2008

Magnificiência Ilusória


Desvio-me do trilho imperceptível que seguia. Aquele espaço de vegetação negra era uma mistura de aromas que não quero sentir mais. De aromas furtivos que me tiravam vida, que se apoderavam da minha alma e me faziam sentir na solidão. Naquele espaço fui obrigada a suster a respiração, a resguardar-me, a agachar-me para que não me escoassem os sentimentos e a vida que restava em mim. Recusaram-me o fulgor das emoções que poderia experimentar e só toleraram que sentisse o meu coração estraçalhado pela dor que apreciou.
Começo a mover-me na direcção da clareira onde finalmente vou poder sentir a luz da vida! Durante algum tempo vou poder crepitar neste fogo que me aquece, protege e ilumina.



Mas a vegetação cresce...
Sinto-me: Apática
Estou a ler :“A lista de Schindler”

terça-feira, 11 de março de 2008

Vou Silenciosa

O sol ergue-se lentamente e nós atados a reservas e a preconceitos normais de dois desconhecidos. Sobre as águas sinto a leveza do teu olhar, a meiguice que ele transporta e vejo o reflexo dos teus olhos castanhos que vingam exaltadamente sobre elas. Olho esse manto cristalino e não me canso de te ver.
Por cima de nós erguem-se nuvens velozes que sugam o pouco tempo que temos.

É agora e a grande velocidade que vejo apenas uma boa memória de ti. Uma boa memória do teu olhar. Uma boa memória do teu sorriso. Do teu sorriso... quem me dera vê-lo. Quem me dera vê-lo, ao menos mais uma vez, para retribuir!

Sinto-me: Tranquila
Estou a ler: “A lista de Schindler”

sexta-feira, 7 de março de 2008

Instante Tranquilo

David Fonseca - I See the World Through You (Live)

Impeço que a luz do exterior se apodere deste espaço que é meu. Com pequenos gestos permito que a luz trémula de outra fonte incida sobre o meu corpo e projecte nestas paredes sombras de mim, sombras dos meus movimentos… A melodia suave entoa de forma única e provoca em mim um arrepio que tem origem na minha nuca e que percorre cada curva do meu corpo… relaxo e gozo o momento.


Sinto-me: viva
Estou a ler: “A lista de Schindler”

quinta-feira, 6 de março de 2008

Suave Lembrança

Lúcia Moniz & Paulo Gonzo - Leve beijo triste

Sinto-me: nostálgica
Estou a ler: “A lista de Schindler”

quarta-feira, 5 de março de 2008

Vontade e Consciência


Estou lúcida desta corrente de felicidade que injectas na minha vida. O teu tom articulado não me engana. Nem a lógica da álgebra, nem a controvérsia da teologia me vão tirar o exclusivo. Esta é a noite das noites e nem as mais ínfimas leis da física que a percorrem me farão contrariar este estado que me invade.
A superação não é uma utopia e por isso, da aniquilação abjecta passo a uma felicidade digna... isso agrada-me. Tu agradas-me...






Sinto-me: cansada
Estou a ler: “A lista de Schindler”

segunda-feira, 3 de março de 2008

Palavras Vulgares de Uma Vida Vulgar

Foi uma noite terrível. Uma daquelas insónias que não lembra a ninguém. Os olhos teimavam em não fechar. Ainda pensei em ler um pouco, mas desde que entrou este novo ano que não li nada e para piorar naquele momento não me identificava com nenhum dos livros que trago pelas minhas estantes. É triste mas é a verdade.

Comecei a recordar conversas. Conversas idas. Foi então que comecei a fazer uma coisa que andava a evitar fazer… pensar! Comecei a pensar no rumo que estava a tomar... e não era aquilo que queria para mim e para os meus.
Comecei a desenrolar este novelo mas sem lhe dar a devida importância ainda ao inicio da noite numa conversa de ‘gajas’ no meu adorado Mercado ao sabor de um chá. O tema abordado foi “Objectivos”. Numa fase inicial fiquei sem palavras, mas por incrível que pareça fui a única que falei após um breve silêncio… Sim, eu tenho objectivos, apenas me tinha esquecido disso nestes últimos dois meses.


… voltei a ler.


Peço desculpa pela vulgaridade das palavras que uso, mas pretendia um texto simples.





Sinto-me: uma lutadora
Recomecei a ler: “A lista de Schindler”

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Impulso Natural

Vanessa da Mata e Ben Harper – Boa Sorte/Good Luck

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Compaixão Galopante


A música tinha sido suspensa e ninguém se apercebera disso. Tu levantas-te e observas tudo o que te rodeia, mas fazes esse gesto com tamanha relutância que me incomoda e faz estremecer toda a minha estrutura. A ideia que fica é que tu do alto desconsideras cada ser que a tua vista alcança. O meu coração perde o vigor quando te observo nesse acto astuto... pudera, eu também estou nesse campo de visão. É magnificente a forma como o fazes sem que te pese um pouco sequer na consciência, é como se para ti nada mais existisse, só a tua entorpecida semblante. A indiferença recai sobre ti... nada mais importa.
Sei que serias capaz de extenuar qualquer um e não te intimidas em mostra-lo. Vomitas pedaços de palavras podres e para que a tortura seja ainda maior, fazes questão de o fazer bem devagar, de forma bem vagarosa. Não tenho presente na memória alguém tão miserável. Despersuadiria qualquer pessoa a rezar pela tua alma suja e vil, pois seria em vão tal esforço. Sinto-me mal com a tua presença e inquieta-me tamanho cinismo.
Sim, é possível ser-se tão odiado. Eu odeio-te. Mas isso nunca te incomodou, porque nunca te incomodou o que os outros poderiam pensar de ti, porque tu és mais tu. O superior a todos. Engraçado, para mim não passas de um asqueiroso cuja presença na terra é dispensável, um erro da Mãe Natureza... um pedaço de carne podre!
Mas um outro sentimento me domina e vem mesmo do fundo do meu ser. Sinto-me incapaz de o controlar apesar de todos os esforços nesse sentido, é como se de dentro de mim saísse um espírito revolucionário com vontade própria, com planos, com domínio sobre mim e sobre todos os meus movimentos. Um sentimento que se apodera e aperta, que abafa toda a maldade que sinto perante a tua odiavel, repito... tarde... já se apoderou. E sinto-me pequena perante tal magnitude. Não posso fazer nada, quando sou atacada por este estado esqueço... e tudo isto me arrelia, arrelia-me a forma como sou dominada. Fico insana e sensata, triste e feliz.
Só tu tens o código de acesso a este nível do meu coração. A única pessoa que não é merecedora. Diabos me levem!! Porquê tu? Mas a culpa é minha... desde o príncípio. Errei quando te dei o benefício da dúvida e agora a vida castiga-me.
Ajoelho-me e imploro por misericórdia. Tento accionar todas as minhas forças no sentido oposto do teu... a minha condescendência natural não o permite. Sofro por possuir um sentimento que agita torturas em mim, que me indica a luz trémula da paz que poderia sentir.
Tudo quanto agora sinto é um sabor agridoce... Santo Deus, porque desejo aquilo que não é meu e que nunca será? Não vale a pena procurar respostas...Desejo triunfos sociais, luxo, segurança, entre outras tantas coisas, no entanto trocaria toda esta acumulação de desejos por uma fusão da tua presença na minha minha vida de presenças... Quem sabe?

Amanhecer

Acordei novamente com aquele peso nos ombros... A saudade invade o meu coração e tudo quanto possuo dentro de mim parece que vai ser destruído. Recordo a cor dos teus olhos e a ânsia que acumulo no meu peito aumenta e sufoca o meu instinto. A tua imagem não quer largar-me, não me deixa tocar o chão e seguir...

Tento libertar-me com palavras, mas nunca estas custaram tanto a sair como agora. Assim como eu sentem dor e ficam agarradas a mim. Não querem sair e sentem-se magoadas…

Precisam de tempo!!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

LOVE SHOW

Sit down, give me your hand
I'm gonna tell you the future
I see you, living happily
With somebody who really suits ya
Someone like me
Stand still
Breath in
Are you listening
You don't know
Somebody's aching
Keeping it all in
Somebody won't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
Break down.
Give me some time
I don't want the fear to confuse ya
Right now, it's so wrong
But maybe it's all in the future with
Someone like you
Stand still.
Breath in
Are you listening
ou don't know
Somebody's aching.
keeping it all in
Somebody won't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
Maybe truth, maybe lies
Made me want you
Maybe dumb, maybe wise
I don't know
Somebody's aching
Keeping it all in
Somebody won't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
You don't know
Somebody's hurting
Holding it all in
Somebody can't let go
Of his heart but the truth is
It's painless
Letting your love show
Love show
Letting your love show

Skye