domingo, 30 de março de 2008

Ilusões Evidentes


Instintivamente encontrei-te e é com relativa facilidade que recordo noites excepcionais, não só pelas condições atmosféricas óptimas, mas também porque durante algum tempo foi-me permitido contemplar-te sobre aquele que era o som das ondulações inquietas da natureza que tanto amas. Um tempo que estou impedida de descrever pela sua extraordinária e deliciosa raridade. Lembro uma noite em especial em que a lua acendia uma luz no escuro e os nossos olhares foram a voz perfeita para o nosso diálogo. Consigo ainda fechar os olhos e sentir o toque das tuas mãos a percorrer o meu corpo, sentir o gosto dos teus lábios nos meus...
Diante de ti observo agora que não consegui quebrar o velho hábito de te admirar... contudo a voz que poderás ouvir será uma voz áspera, uma voz arrastada pela amargura. Ilusão!!
Não sentes que na minha vida tu continuas a ser um tópico essencial. Não sentes isso quando te olho? Não sentes isso quando te digo que não passas de uma simples frase no conto da minha vida? Não sentes?
Sinto-me: Atarefada
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

sábado, 29 de março de 2008

Se...

...eu fosse uma cor, seria azul!

Qual seria a tua cor?

Sinto-me: Blue
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

sexta-feira, 28 de março de 2008

(Re)criações Temporais


Nesta noite coberta por um manto de veludo negro sinto a tranquilidade dos meus pensamentos que se ausentaram deste espaço físico para te irem visitar. Sentiam falta da tua presença, do teu brilho. São simples fugas que o meu pré-consciente inventa apenas para que todo o resto do meu corpo não se contorça de infelicidade. Assumiste um papel, um significado na minha vida e por mais que me tente livrar deste significado mais presa a ele me sinto.

Dou de frente com o teu olhar de criança. Com ele arrancas de mim pulsações ao ponto do meu coração ficar ensurdecido e estrangulado de tanta dor. Arrancas de mim lágrimas de tristeza por não te ter. Disfarçadamente tento distrair-me da tua presença. Em vão. A tua imagem foi absorvida pelos meus olhos e eles não vão largar-te.
Diante de ti sinto paixão, contudo não consigo deixar de sentir um trago amargo pela tua indiferença, pelo logro...
A tua tortuosa ausência esvoaça em torno de mim, em torno daquilo que sinto, em torno de tudo aquilo que sou. Será que algum dia compreenderás estas minhas palavras?


Meus pensamentos voltaram... Que nunca pintes estes mesmos desenhos que esboço agora.





Sons d'Espírito ~3~

Mat Kearney-Breathe In Breathe Out

Sinto-me: a sufocar
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

quarta-feira, 26 de março de 2008

Tenho pena e não respondo

"Tenho pena e não respondo.
Mas não tenho culpa enfim
De que em mim não correspondo
Ao outro que amaste em mim.
Cada um é muita gente.
Para mim sou quem me penso,
Para outros - cada um sente
O que julga, e é um erro imenso.
Ah, deixem-me sossegar.
Não me sonhem nem me outrem.
Se eu não me quero encontrar,
Quererei que outros me encontrem?"

Fernando Pessoa



Sinto-me: Sossegada
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

segunda-feira, 24 de março de 2008

Ausente em parte incerta


De comportamento frio, confias nas emoções com alguma reserva... não gostas de ser surpreendido. Procuras a razão que tantas vezes te tira o prazer de cada sensação. Na realidade és alguém prudente...
Aparentemente sem dificuldades, procuras o topo, a magnitude mas... és incapaz de te afastar da perturbação do teu inconsciente, o que te prende nessa tua luta pela ascensão.
Tens altas fantasias, a ti ninguém chega... és supremo. Possuidor de alta frieza, contudo, sensivel aos sentimentos mais nobres ( o que te torna irresistívelmente agradável...Uma espécie de heroi original, não típico). Aparentemente sem fraquezas...
Pensas ser um eterno solitário no meio de tanta gente...não és.
És justamente... um ausente em parte incerta.

Mas é só o pouco que penso de ti...

Sinto-me: Decidida
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

domingo, 23 de março de 2008

Desilusão Permitida

Como expliquei no início o tempo cegou-me, o meu coração está apreensivo e sente as fúrias de um tufão. Pela frente a certeza de um grande problema, de um grande desgosto e este desgosto existe porque um dia me atrevi a sentir o gosto. Amei-te e agora sinto a raiva a apoderar-se de cada parte constituinte do meu corpo. Valha-me Deus! Como me fazes falta.
Gostaria de contar a história tim-tim por tim-tim... mas hoje não.









Sinto-me: Estranhamente estranha
Estou a ler:: “A lista de Schindler"

sexta-feira, 21 de março de 2008

Devaneios


Apesar de reconhecer a saudade que sinto sou capaz de também tirar algo de positivo de tudo isto, é como se de uma força se tratasse, uma força espiritual muito forte que se sobrepõe a toda a dor que o sentimento reconhecido provoca. Esta sensação deixa-me desamparada e esta forma de estar torna-se nítida a qualquer olhar atirado sobre ela.
Costumo ter visões tuas que saem do meu inconsciente e que eu alimento de forma surpreendente. São imagens que as minhas palavras não conseguem exprimir e sempre que tentam fazem-no de um jeito impreciso, de um jeito imperceptível. Sinto um nó na garganta sempre que te recordo.... os meus olhos almejam ver-te. Tu és a minha secreta alegria.
Inquieto-me sempre que passo dias sem te por a vista em cima. Sinto-me castigada por amar-te tão imensamente. A paixão que professo é um refúgio que encontrei e neste refúgio sou compreendida, protegida, mas neste refúgio também sinto a solidão duplamente. Achas que me importo? Não me importo porque sou mulher para transformar esta solidão em momentos partilhados e faço-o com recurso á minha imaginação e fantasia. Estes momentos são apenas a tela em branco que pinto com as cores da minha vida. Acredita quando te digo que tenho em meu poder quadros lindíssimos. Quadros que retratam aquilo que está para além da compreensão humana, aquilo a que só os deuses têm acesso.
Neste momento desenho o teu rosto, um rosto perfeitamente invulgar e como que por magia sobreponho sobre ele uma das tuas mãos aristocratas e frias. Evoco piedade pela minha alma ao desafiar os deuses a confrontar tanta perfeição.
Muitos são os que não têm a capacidade para compreender esta minha experiência, estas minhas aventuras imaginativas. Não me importo com o que pensam.
Não consigo resistir á inspiração que me surpreende sempre que passeias pelos meus pensamentos e como gostas de passear neles e deixar aquela melodia suave que me arrepia a alma e sacode a única coisa viva que sinto dentro de mim: o meu amor por ti!
Confesso que já senti raiva e ciúme daqueles que marcavam presença nos mesmos momentos que vivias. Agora acredito que secretamente procuravam um pouco daquilo que espalhas com o teu toque, com teu olhar, com cada gesto teu, com cada palavra, acredito que procuravam vida para além das suas vidas. Procuravam mais vida.
Intemporalmente imagino-me a teu lado. E sabes que tem alturas que consigo mesmo sentir a tua presença? Digo estas palavras com alguma timidez, afinal através delas exponho a minha alma, abro o meu coração. Quando te imagino existe algo espiritual em torno que faz com que num lento mergulho as nossas almas se encontrem e dancem um pouco nesta vida que tem sido tão cruel com os meus sentimentos, que tem sido tão cruel ao afastar-me da outra parte que me completa, ao afastar-me da extensão de mim. Ao afastar-me de ti. É estranha a teia que o destino constrói para nós.
Olho o chão e conformo-me que nada há a fazer. Observo agora o vazio que sinto neste mesmo momento... este vazio é bastante nítido e penetra a minha consciência cada vez mais. Sinto agora o corpo a ser pressionado, a emergir no meio de tanta imprecisão.
Não demores. Vem e leva-me. Apazigua os meus caprichos de menina mimada, os meus sentimentalismos de mulher. Segura-me porque estou ao teu alcance agora. Delicia-me nestes momentos de dúvida e reflexão. Embala-me com as tuas movediças palavras. Segura e protege-me porque sou tua.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Noite de (en)canto!

Acordo com uma bela melodia. A natureza manifesta-se da forma mais carinhosa. Um dia especial... Sinto-me tua. Sinto-me leve. Feliz, sinto-te. Nos meus lábios o teu gosto. No meu coração um amor que é para ti. Só para ti. Podia ser mais um dia. Não é. É um dia após uma noite. Noite linda. Noite mágica. Noite de luz. Brilho. Recordo... Um beijo mágico. Um beijo que fez tremer. O meu corpo. O teu corpo. A união dos teus aos meus lábios. A união que levou vida ao meu coração. "GIRÂNDOLA". Nunca esquecerei...
Sinto-me: Igual
Estou a ler :“A lista de Schindler"

Sons d' Espírito ~2~

Bodyrockers - I like the way you move

Sinto-me: Enérgica
Estou a ler :“A lista de Schindler"

Aqui, nada!

Aguardo expectante... cruzamentos sem encontros, evasões no descanso.
Mesmo não tendo deliniado nada, consegui deslindar muito.E por tudo que disse não dizendo... Aqui, nada!


Sinto-me: No fim do dia
Estou a ler :“A lista de Schindler"

quarta-feira, 19 de março de 2008

Conflito de vontades

Hoje seria um daqueles dias em que partiria sem destino para bem longe. Sem destino, modo de falar... Saberia perfeitamente para onde iria e com quem estaria. Não estaria com ninguém - seria impossível esta minha vontade - mas que bem saberia pensar que estaria perto!! Bem perto... bem perto de alguém. Alguém que sei bem quem seria. Hoje. Hoje não estaria com, mas perto de.






Sinto-me: Com os azeites

Estou a ler :“A lista de Schindler"

terça-feira, 18 de março de 2008

(re) sentir


Amo.te
Agora ensina.me a amar.te








Sinto-me: Sei lá
Estou a ler :“A lista de Schindler"

sábado, 15 de março de 2008

Sons d' Espírito ~1~

Duffy - Mercy

Sinto-me: Indomável
Estou a ler :“A lista de Schindler”

quinta-feira, 13 de março de 2008

Magnificiência Ilusória


Desvio-me do trilho imperceptível que seguia. Aquele espaço de vegetação negra era uma mistura de aromas que não quero sentir mais. De aromas furtivos que me tiravam vida, que se apoderavam da minha alma e me faziam sentir na solidão. Naquele espaço fui obrigada a suster a respiração, a resguardar-me, a agachar-me para que não me escoassem os sentimentos e a vida que restava em mim. Recusaram-me o fulgor das emoções que poderia experimentar e só toleraram que sentisse o meu coração estraçalhado pela dor que apreciou.
Começo a mover-me na direcção da clareira onde finalmente vou poder sentir a luz da vida! Durante algum tempo vou poder crepitar neste fogo que me aquece, protege e ilumina.



Mas a vegetação cresce...
Sinto-me: Apática
Estou a ler :“A lista de Schindler”

terça-feira, 11 de março de 2008

Vou Silenciosa

O sol ergue-se lentamente e nós atados a reservas e a preconceitos normais de dois desconhecidos. Sobre as águas sinto a leveza do teu olhar, a meiguice que ele transporta e vejo o reflexo dos teus olhos castanhos que vingam exaltadamente sobre elas. Olho esse manto cristalino e não me canso de te ver.
Por cima de nós erguem-se nuvens velozes que sugam o pouco tempo que temos.

É agora e a grande velocidade que vejo apenas uma boa memória de ti. Uma boa memória do teu olhar. Uma boa memória do teu sorriso. Do teu sorriso... quem me dera vê-lo. Quem me dera vê-lo, ao menos mais uma vez, para retribuir!

Sinto-me: Tranquila
Estou a ler: “A lista de Schindler”

sexta-feira, 7 de março de 2008

Instante Tranquilo

David Fonseca - I See the World Through You (Live)

Impeço que a luz do exterior se apodere deste espaço que é meu. Com pequenos gestos permito que a luz trémula de outra fonte incida sobre o meu corpo e projecte nestas paredes sombras de mim, sombras dos meus movimentos… A melodia suave entoa de forma única e provoca em mim um arrepio que tem origem na minha nuca e que percorre cada curva do meu corpo… relaxo e gozo o momento.


Sinto-me: viva
Estou a ler: “A lista de Schindler”

quinta-feira, 6 de março de 2008

Suave Lembrança

Lúcia Moniz & Paulo Gonzo - Leve beijo triste

Sinto-me: nostálgica
Estou a ler: “A lista de Schindler”

quarta-feira, 5 de março de 2008

Vontade e Consciência


Estou lúcida desta corrente de felicidade que injectas na minha vida. O teu tom articulado não me engana. Nem a lógica da álgebra, nem a controvérsia da teologia me vão tirar o exclusivo. Esta é a noite das noites e nem as mais ínfimas leis da física que a percorrem me farão contrariar este estado que me invade.
A superação não é uma utopia e por isso, da aniquilação abjecta passo a uma felicidade digna... isso agrada-me. Tu agradas-me...






Sinto-me: cansada
Estou a ler: “A lista de Schindler”

segunda-feira, 3 de março de 2008

Palavras Vulgares de Uma Vida Vulgar

Foi uma noite terrível. Uma daquelas insónias que não lembra a ninguém. Os olhos teimavam em não fechar. Ainda pensei em ler um pouco, mas desde que entrou este novo ano que não li nada e para piorar naquele momento não me identificava com nenhum dos livros que trago pelas minhas estantes. É triste mas é a verdade.

Comecei a recordar conversas. Conversas idas. Foi então que comecei a fazer uma coisa que andava a evitar fazer… pensar! Comecei a pensar no rumo que estava a tomar... e não era aquilo que queria para mim e para os meus.
Comecei a desenrolar este novelo mas sem lhe dar a devida importância ainda ao inicio da noite numa conversa de ‘gajas’ no meu adorado Mercado ao sabor de um chá. O tema abordado foi “Objectivos”. Numa fase inicial fiquei sem palavras, mas por incrível que pareça fui a única que falei após um breve silêncio… Sim, eu tenho objectivos, apenas me tinha esquecido disso nestes últimos dois meses.


… voltei a ler.


Peço desculpa pela vulgaridade das palavras que uso, mas pretendia um texto simples.





Sinto-me: uma lutadora
Recomecei a ler: “A lista de Schindler”