segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sem Suspirus



Porque o que um dia fez sentido...
...deixa de o fazer.
Porque o que um dia foi...
...não o é mais.
Despeço-me.

Foi um Prazer.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Sons d'Espírito ~8~




Vida em câmara lenta,
Oito ou oitenta,
Sinto que vou emergir,
Já sei de cor todas as canções de amor,
Para a conquista partir.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…

Vida á média rés,
Levanta os pés
Não vás em futebois, apesar…
Do intervalo, que é quando eu falo,
Para não me incomodar.

Diz que tenho sal,
Não me deixes mal,
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…

Não me deixes já
Historia que não terminou
Não me deixes…

No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…


No livro que eu não li,
No filme que eu não vi,
Na foto onde eu não entrei,
Noticia do jornal
O quadro minimal… Sou eu…



Per7ume - Intervalo (parte especial de Rui Veloso)



(DELICIOSA...)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Marasmo...


Fecho os olhos e procuro a harmonia nos meus pensamentos. Faço-os rodopiar um pouco com a intenção consciente de os confundir. Pressinto que neste jogo também eu me confundi. Existem muitas lacunas no meu sistema intelectual, lacunas que não compreendo, lacunas que estão para lá da minha compreensão. Talvez sua compreensão até seja impossível. Talvez... Invoco imagens com vontade e intuito de alimentar certezas mas tudo quanto consigo é uma série de neutralidades que se esbatem em mim e troçam da minha sabedoria. Por mais que aprecie desafios começo, de pouco a pouco, a tomar conhecimento das minhas limitações, quer físicas, quer intelectuais. Começo definitivamente a apreciar o silêncio das certezas e a calar os mínimos pormenores que ateavam a minha curiosidade. Confesso que o faço com determinado alívio. O bastante para não procurar sequer as ideias que poderiam esclarecer estes meus novos ataques de estar na vida, de estar no mundo. Estes novos ataques de simplesmente ser, estando... À tona uma série de contradições acentuadas carregadas de enigmas que não quero mais. Quero pronunciar palavras soltas, sem definições bizarras, sem acentuações exageradas. Sigo com prazer o afastamento que as sensações me causam. Sigo com prazer a aproximação que as mesmas me proporcionam. Sigo a aceitação sem questionar a razão. Tomo e aceito um comportamento e envergo-o se assim entender. Tomo e aceito as impressões da vida sem refutar a lógica. Instalo-me activamente na passividade. Não baixo os braços. Apenas não faço questão de mostrar que os ergo. Deixo de agora em diante os desafios das dialécticas estranhas. Tomo tudo como efectivo e não exploro as suas possibilidades. Não aceito mais as contradições daquilo que simplesmente é contraditório. E sabes porquê? Porque luto pelo encerramento da existência deste sofrimento que é tentar perceber. Porque luto pelo encerramento da inexistência da necessidade de viver. Não vou mais desafiar respostas dadas. E sim, tenho consciência desta enorme contradição de palavras que acabo de expressar. Mas eu sou assim. São coisas do meu ser. Ou da minha falta de ser!! Sabe-se lá... Apenas sou Eu! Uns dias cá... outros lá.

domingo, 15 de junho de 2008

Rogo...

Tudo está demasiadamente silencioso cá fora... Reparo na calma do mar. Aliás, reparo que tudo o que me rodeia apresenta uma aparente calma. Uma calma que chega a contrastar exageradamente com o turbilhão que carrego dentro de mim. O tempo está cinzento e parece que vai a qualquer instante suspirar trovoadas. Trovoadas que já pairam na minha cabeça faz tempo. Trovoadas que emitem sons irreais.
O meu olhar fixa agora aquele ponto mais longe que consigo imaginar. A minha expressão é fixa e nada parece desvia-la do foco. De repente o meu interesse é assolado por percepções que tento a muito custo evitar. Sem dúvida que as percepções são simplesmente mais uma ilusão daquilo que tanto desejo. Nunca mais pára! Nunca mais pára! Porquê? Diz-me Meu Deus... só peço que retires a sua presença do meu pensamento... já nem peço para tirar do meu coração! Não achas que está na altura de alterares a minha vida? Porque estás Tu a limitar o meu infinito espírito de continuar o seu caminho? Altera, realtera, ordena, reordena... mas tira isto de dentro de mim que me está a consumir. Ouve-me.

sábado, 14 de junho de 2008

Na Presença de uma Recordação

Lado a lado caminhávamos ao longo de todo aquele gradeamento, lembras? Ainda me entusiasmo sempre que recordo as nossas conversas, parece que ainda escuto a tua voz doce, melancólica, viciante, deliciosamente agradável. Igual a ti!! Adorava ouvir-te falar.
Recordo a tua prudência instintiva que te dotava de um encanto fatalmente intelectual, onde a tua curiosidade se confundia numa inocente caracterização digna de um gentleman. Sim, as tuas palavras eram suaves melodias que me embalavam... As tuas palavras eram uma sinfonia que nos envolvia em deambulações.
Ao lembrar este estado anterior a minha alma ainda entra em contacto directo com cada sensação sentida, partilhada... a minha alma ainda entra em contacto directo com a tua. Enquanto te sentir vou fazer parar o tempo várias vezes para... para fechar os olhos e caminhar lado a lado contigo.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Consciencializações Inconscientes

Atravesso o terraço e sobre mim caiem olhares da mais profunda solidão. O meu desprezo intensifica-se e experimento hostilidades que o meu corpo começa a libertar tão perfeitamente à vontade que não chego a ter consciência dos mesmos. É um comportamento depreciativo, bem sei... e portanto depressa passo por experiências de temíveis culpas, de temíveis consciencializações que jamais havia imaginado.

Contemplo e recordo os episódios nocturnos que me têm assombrado. Episódios que penetram o meu sono, que agitam o meu outro mundo, o meu universo espiritual.


-Oh, como me sinto cansada...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ornatos Espontâneos...

Posso até dizer de forma exagerada (tenho perfeita noção disso) que aqui posso deixar e guardar as minhas secretas anotações. Registos de palavras de vida. Registos da minha audaciosa vida. Percursos encenados. Provocados! Excitações de planos atingidos… Quase diariamente busco alucinações de uma compreensão incompreendida. Mas sempre assumi o risco. Alguns chamam-lhe forma exagerada, extremos radicalismos de quem não tem o que fazer. Eu diria que são provocações de um espírito crítico. Presumo que no fundo, e porque de inocente nada tem o ser humano, seja uma forma de assumir escolhas através de emaranhações psicológicas. Talvez o lado mais longo. Talvez! Talvez um esforço necessário á conquista das pessoas…

domingo, 8 de junho de 2008

Pedi ao Mar que Guardasse o meu Amor


Já não sei como amar... olho-te de uma forma desesperada e mais que nunca peço auxílio, peço absolvição pelos meus pecados. Confronto a tua agitação com a minha. (Como me sinto ousada ao desafiar-te.) Estás diferente, revoltado a enlaçar de forma brutal as tuas águas. Sentada e a recuperar do nosso confronto transito para um estado de tristeza que faz com que fios de lágrimas risquem a minha face cansada e sofrida. Lembro os meus dias de menina... vejo o meu corpo de mulher reflectido numa sombra desnivelada pela ondulação das areias que não cansas de banhar, que não cansas de refrescar. O vento que toca a minha face é cada vez mais forte e com ele vem a consciencialização desta certeza...

Está na hora! E porque me amo e amo tantas pessoas, acabo de pedir ao mar que guarde o que sinto por ti.... Quando quiseres pede-lhe que ele devolve-me tudo de novo...




quinta-feira, 5 de junho de 2008

Apelo num retalho de vida

Os meus instintos e sentimentos não estão de acordo com aquilo que penso, com as minhas ideias. Contrariam as minhas vontades. Sinto-me imbecil. Sinto que o meu espírito reage ilogicamente a estímulos que atormentam o meu descanso. Nesse silêncio só sinto reprovação...

Rapaz encantador, acreditas no amor? Acreditas no poder do amor? Sentes o meu amor?




Não devia ter desafiado essa força... Acordei o monstro!


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Á deriva das tuas marés


Olho os barcos que estão atracados no cais. Olho aqueles que se afastam. Olho os que se aproximam. Possuem cores que aquecem a alma e não temem emproar sátiras da vida de comuns.
Neste momento de solidão lembro de ti e reparo na corrente forte que nos prende...
Na minha cabeça giram correntes de um tempo que não existe, nunca existiu. Na minha cabeça tento remar contra esta maré visível cheia de invisibilidades. Tento remar contra uma maré fora do alcance.
Guia-me por um tempo deslumbrado conhecido e talvez feliz. Guia-me pela noção sem sobressaltos. Guia-me...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gritos no Vazio


A explicação poderia passar por inúmeras fases. Fases de um só estado de espírito. Fases de um só estado de vida. Fecho os olhos e consigo visualizar tanto de nada e o buraco negro que sinto no peito aumenta. Grito silêncios de fuga que não calam nem acalentam esta dor. Grito riscos de uma linguagem que desconheces. Grito odores do sentimento que transpiro por todos os poros que este meu corpo possui. AMO-TE. Atrevo-me a dizê-lo. Atrevo-me a senti-lo. E sabes? Desespero por isso.



(Aproveito para agradecer a todos os que contribuíram para a saga da 'Troca pela Troca')


segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Troca pela Troca VIII


“Às vezes somos possuídos por uma sensação de tristeza que não conseguimos controlar…percebemos que o instante mágico daquele dia passou e nada fizemos. Então, a vida esconde a sua magia e a sua arte.
Temos de dar ouvidos à criança que fomos um dia e que ainda existe dentro de nós. Essa criança percebe de instantes mágicos. Podemos sufocar o seu pranto, mas não podemos calar a sua voz. Esta criança que fomos um dia continua presente. Se não nascermos de novo, se não tornarmos a olhar a vida com a inocência e o entusiasmo da infância, viver não terá mais sentido.” - Paulo Coelho - Na margem do rio piedra eu sentei e chorei

"Eu acrescento…deixemos que a criança que existe em nós veja “as fadas e os anjos”, veja “a magia” que existe à nossa volta…e que nos ensine a amar…o mais puro e verdadeiro dos amores… "


De: alguém que quer voltar a ser inocente