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FELiz 2009
Quando apago a luz e tento dormir, sinto as ondas que irrompem o quarto soprando-me ao ouvido aqueles sons que me fazem respirar fundo… penso que seja por haver dias como estes, onde o conhecimento esperado se transforma em nostalgia de tempos que foram…



...O meu alter ego é agora aquele ninguém que mais me incomoda neste momento,
o meu outro lado...
...minha frente e o meu verso!...
...tantas vezes me conduz para a magia,
hoje arranca-me dos sonhos...
...Doce ou fraca conforme me apetece....
...Esquecida por todos e esquecida por mim. ...
...unum...

os sorrisos dos meus lábios.
É uma espécie de reverência sobre um assunto esquecido e cuja expressão é intrépida. O sorriso, esse, ainda continua contido, acanhado, mas ambicioso e com sede de espelhar indícios indulgentes de felicidade. O essencial agora é saber amedrontar o silêncio e experimentar um dia de cada vez com o ardor e pensamento de pessoas que exprimem sem incómodos e privações de nada, amizades e gestos elegantes de extrema cumplicidade, livre daquele nudismo provocado pela opacidade. Prorrogaremos a seriedade contida neste voltar de cara para o mesmo lado…

Tudo está demasiadamente silencioso cá fora... Reparo na calma do mar. Aliás, reparo que tudo o que me rodeia apresenta uma aparente calma. Uma calma que chega a contrastar exageradamente com o turbilhão que carrego dentro de mim. O tempo está cinzento e parece que vai a qualquer instante suspirar trovoadas. Trovoadas que já pairam na minha cabeça faz tempo. Trovoadas que emitem sons irreais.
Lado a lado caminhávamos ao longo de todo aquele gradeamento, lembras? Ainda me entusiasmo sempre que recordo as nossas conversas, parece que ainda escuto a tua voz doce, melancólica, viciante, deliciosamente agradável. Igual a ti!! Adorava ouvir-te falar.
Atravesso o terraço e sobre mim caiem olhares da mais profunda solidão. O meu desprezo intensifica-se e experimento hostilidades que o meu corpo começa a libertar tão perfeitamente à vontade que não chego a ter consciência dos mesmos. É um comportamento depreciativo, bem sei... e portanto depressa passo por experiências de temíveis culpas, de temíveis consciencializações que jamais havia imaginado.
Posso até dizer de forma exagerada (tenho perfeita noção disso) que aqui posso deixar e guardar as minhas secretas anotações. Registos de palavras de vida. Registos da minha audaciosa vida. Percursos encenados. Provocados! Excitações de planos atingidos… Quase diariamente busco alucinações de uma compreensão incompreendida. Mas sempre assumi o risco. Alguns chamam-lhe forma exagerada, extremos radicalismos de quem não tem o que fazer. Eu diria que são provocações de um espírito crítico. Presumo que no fundo, e porque de inocente nada tem o ser humano, seja uma forma de assumir escolhas através de emaranhações psicológicas. Talvez o lado mais longo. Talvez! Talvez um esforço necessário á conquista das pessoas…
Os meus instintos e sentimentos não estão de acordo com aquilo que penso, com as minhas ideias. Contrariam as minhas vontades. Sinto-me imbecil. Sinto que o meu espírito reage ilogicamente a estímulos que atormentam o meu descanso. Nesse silêncio só sinto reprovação...


[Entardece no Horizonte]
" No horizonte cai sempre um pano diferente que, como por magia ou ilusão óptica, transparece uma imagem tão igual a tantos outros horizontes caídos em dias sem fim. É a imagem do infinito que prende o olhar triste que algumas vezes trago comigo, mas também o olhar feliz que me faz sorrir para este infinito que observo nos últimos tempos. É certo que a imagem de um horizonte caído no mar é belíssimo, mas descobri ultimamente que olhar para ele entre as montanhas o torna mais forte e especial. Afinal, é por vezes nas dificuldades e nos diversos panoramas que consigo visualizar detalhes que transformam tudo e me ajudam a sobreviver.Escrito por Jorge Valente
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Lenny Kravitz "Believe"
"Todos somos únicos. Eu sou única. Tu és única. Não imitamos ninguém. Somos apenas a nossa própria imitação."
Escrito por Eu sou Eu
"A luz apagou-se! Um grito calado ecoou…a luz, a minha luz, a nossa luz! Instalou-se uma azáfama invulgar, um corre-corre na procura da solução para a escuridão do espaço. Acendem-se as velas, uma a uma, como se de um ritual se tratasse. O meu refúgio é invadido por uma luz ténue mas cheia de calor. Projectam-se, nas paredes brancas, sem cor, as sombras de mim e dos meus desejos. Fiquei totalmente despida. Olhares desconhecidos percorrem o meu corpo… sinto um arrepio que me percorre o pescoço. A respiração acentua-se. A vontade de gritar é iminente. Lentamente, volto a colocar todas as peças que outrora cobriam a minha figura. Sinto as fragrâncias que circulam em meu redor. Viajo! Sinto a água a bater no rosto e a purificar a alma. Uma torrente invade, sem pedir licença, os meus olhos e essa água salgada e cristalina palminha cada centímetro do meu corpo. Sinto o tactear de cada gota a explorar os sítios inexplorados do meu ser. Está a ficar frio. Acendo mais uma vela, mais um pouco de calor para afagar a ansiedade. De novo uma sombra. Espera! É um vulto diferente dos outros. Tem uma silhueta indefinida, capaz de hipnotizar o meu olhar e sacudir todas as minhas certezas. Fiquei sem defesas! Escureceu. Restam as sombras da certeza. Uma gargalhada atravessa as chamas. A luz ganha nova força. Torna-se rápida, ardente, quente, sufocante. Velas para quê? A luz acendeu-se!"
Escrito por Menina Bonita
Os argumentos são os mais fortes. De entre a multiplicidade de coisas que concorrem para a colisão dos meus fins particulares, tu elevas-te de uma forma incalculável que vai para além da minha destreza cognitiva. Activas os meus cinco sentidos como nunca ninguém o fez e espiritualizas a minha simplicidade, a minha despretensão. Tu enches a minha alma!
A dor é ilimitada e pulsa a cada respirar meu. Esta dor fere, rasga-me o peito e revela-se insustentável. Sinto falta dos meus dias sadios e dinâmicos, sinto falta do sol que habitava em mim. Sinto a tua falta. Sinto a falta do calafrio que provocavas em mim de cada vez que me tocavas, sinto falta de quando secretamente me despertavas.
Era um rumo que já tinha sido percorrido. Uma nova tentativa para de novo alcançar uma nova partilha já tantas vezes partilhada.



Qual seria a tua cor?

"Tenho pena e não respondo.
Como expliquei no início o tempo cegou-me, o meu coração está apreensivo e sente as fúrias de um tufão. Pela frente a certeza de um grande problema, de um grande desgosto e este desgosto existe porque um dia me atrevi a sentir o gosto. Amei-te e agora sinto a raiva a apoderar-se de cada parte constituinte do meu corpo. Valha-me Deus! Como me fazes falta.
Acordo com uma bela melodia. A natureza manifesta-se da forma mais carinhosa. Um dia especial... Sinto-me tua. Sinto-me leve. Feliz, sinto-te. Nos meus lábios o teu gosto. No meu coração um amor que é para ti. Só para ti. Podia ser mais um dia. Não é. É um dia após uma noite. Noite linda. Noite mágica. Noite de luz. Brilho. Recordo... Um beijo mágico. Um beijo que fez tremer. O meu corpo. O teu corpo. A união dos teus aos meus lábios. A união que levou vida ao meu coração. "GIRÂNDOLA". Nunca esquecerei... Sinto-me: Igual
Sinto-me: Enérgica
Estou a ler :“A lista de Schindler"
Hoje seria um daqueles dias em que partiria sem destino para bem longe. Sem destino, modo de falar... Saberia perfeitamente para onde iria e com quem estaria. Não estaria com ninguém - seria impossível esta minha vontade - mas que bem saberia pensar que estaria perto!! Bem perto... bem perto de alguém. Alguém que sei bem quem seria. Hoje. Hoje não estaria com, mas perto de.Sinto-me: Com os azeites
Desvio-me do trilho imperceptível que seguia. Aquele espaço de vegetação negra era uma mistura de aromas que não quero sentir mais. De aromas furtivos que me tiravam vida, que se apoderavam da minha alma e me faziam sentir na solidão. Naquele espaço fui obrigada a suster a respiração, a resguardar-me, a agachar-me para que não me escoassem os sentimentos e a vida que restava em mim. Recusaram-me o fulgor das emoções que poderia experimentar e só toleraram que sentisse o meu coração estraçalhado pela dor que apreciou.Sinto-me: ApáticaEstou a ler :“A lista de Schindler”
O sol ergue-se lentamente e nós atados a reservas e a preconceitos normais de dois desconhecidos. Sobre as águas sinto a leveza do teu olhar, a meiguice que ele transporta e vejo o reflexo dos teus olhos castanhos que vingam exaltadamente sobre elas. Olho esse manto cristalino e não me canso de te ver. David Fonseca - I See the World Through You (Live)
Impeço que a luz do exterior se apodere deste espaço que é meu. Com pequenos gestos permito que a luz trémula de outra fonte incida sobre o meu corpo e projecte nestas paredes sombras de mim, sombras dos meus movimentos… A melodia suave entoa de forma única e provoca em mim um arrepio que tem origem na minha nuca e que percorre cada curva do meu corpo… relaxo e gozo o momento.

Foi uma noite terrível. Uma daquelas insónias que não lembra a ninguém. Os olhos teimavam em não fechar. Ainda pensei em ler um pouco, mas desde que entrou este novo ano que não li nada e para piorar naquele momento não me identificava com nenhum dos livros que trago pelas minhas estantes. É triste mas é a verdade.
Acordei novamente com aquele peso nos ombros... A saudade invade o meu coração e tudo quanto possuo dentro de mim parece que vai ser destruído. Recordo a cor dos teus olhos e a ânsia que acumulo no meu peito aumenta e sufoca o meu instinto. A tua imagem não quer largar-me, não me deixa tocar o chão e seguir...