segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sapateado da Alma


Não sou estúpida e rapidamente me apercebo de que têm razão, mas por uma questão de orgulho ignoro tudo quanto me é dito e tudo o que fazem questão de me mostrar. Não penso cravar as minhas garras e abrir as minhas próprias feridas com elas, pretendo somente, por sacanice, defender a minha postura inicial. A vida já me mostrou por várias vezes que me engano e erro, mas nem sempre fui capaz de o admitir.

Nas ruas da minha vida corro vezes sem conta de braços abertos sem olhar o que agarro. A curiosidade é algo que desde sempre me acompanhou. Nas ruas da minha vida nunca houve espaço para muita coisa, nunca houve espaço para muita gente, nunca houve espaço para muita diversificação, mas sempre houve espaço para um pouco mais de alguma coisa. Tal é a ordem e a natureza do meu espírito que poucos fenómenos lhe provocam interesse, parece que tudo tem muito pouco para dar. Em crises de excitação da minha alma, crises quase febris, em que não consigo o contentamento, em que sacia-la é missão impossível, tento responder com procuras. Normalmente a desventura actua como calmante e a minha alma dorme por tempo determinado sonos tranquilos. A desilusão ocupa muitas vezes lugares que o orgulho não consente. Mas sigo, do alto do meu pedestal…

3 comentários:

Anascensão disse...

Quando estamos no alto do pedestal, é com maior naturalidade que olhamos para todos aqueles que estão abaixo de nós e raramente nos lembramos de olhar para cima, para reparar se existe algo...
Gostei muito do que li! É uma nova fase =P

Bjinhos

Anónimo disse...

desculpa á partida a pessoalidade deste comentário que vou fazer. tu és uma menina muito caprichosa, e isso faz com que perder te fira profundamente. arrisco quando te digo que preferes eu nem sei...!!! sê menos rigorosa, por favor, principalmente contigo. apesar de seres encantadora não és perfeita e ainda bem... és fantástica, tens valor, lembra disso sempre. pára vanda
muitos beijinhos

Vanda Amador disse...

A maior dificuldade das pessoas sempre foi olhar ao mesmo nível, esse sim é um grande desafio.


Pobre de espírito aquele que se contenta com o que tem.