quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Palavras com Vontade


O dia está sem brilho. Escuro. Avisto uma camada densa de nuvens carregadas de energia e prestes a descarregarem toda essa carga em cima de mim. O único brilho é o das minhas memórias, dos meus pensamentos. São retalhos de vida que enquanto duraram foram muito bonitos e ainda agora trazem serenidade ao meu espírito sobressaltado, mas que acabaram, que não existem mais. (E ouço a minha respiração que já é característica de quem pretende unir esforços para sentir alivio...)
Dominada pela exaustão de tempos difíceis que teimam em não terminar faço a descoberta de que tento a qualquer custo a minha independência em relação a todos estes pensamentos, que acabam por ser a minha própria tortura. Em vão. Nunca me senti tão longe de o conseguir. Nem provisoriamente o consigo. Estou presa na minha consciência. (Assumo agora uma expressão de quem é tomada por desânimo absoluto...)
É inegável a tentativa de poupar o meu fôlego e como se de um último esforço se tratasse, lembro quando desatava ás gargalhadas e senti saudades... de repente senti uma nova consciência de mim mesma, uma consciência bastante nítida de quem está a deixar de viver a vida como esta merece. (Começo por franzir os olhos, esboço um sorriso daqueles...)
Alego insanidade para a tristeza e parto....

2 comentários:

Anónimo disse...

e que eessa vontade perdure. nós traçamos, don't forget :*)
beijinhos

Vanda Amador disse...

Nós traçamos - um facto.
Não vivemos isolados - outro facto.
Logo estamos sujeitos a intervenções alheias - é só mais um facto.
Esquecer nunca. Posso é não lembrar.