domingo, 10 de fevereiro de 2008

Consciencialização

Que tristeza sinto! Já nem consigo disfarçar…
Procuro reprimir tudo o que estou a sentir, mas sei que a qualquer momento vou explodir e estilhaços meus vão ser encontrados em cada canto, em cada virar da esquina. Dou por mim a soluçar impiedosamente e não consigo dar explicação para as minhas lágrimas. Sinto dor. Choro e cada vez mais em tom agressivo como se pretendesse livrar-me da raiva que sinto, não sei bem por quem, muito menos porquê.
Não consigo compreender por que não posso mais ter essa luz que depositava energias sobre mim e que me renovava a cada tropeço meu. Esta é agora uma viagem dolorosa. Os meus sonhos já não têm a mesma voz e cada vitória minha é cantada em tom triste… Quem iria prever a importância que assumiste na minha vida. Tu eras o meu ponto de apoio.
Não sei apaziguar esta dor e tento procurar a tua melhor expressão para te recordar e tento saborear isso, mas…
(Vou sair, tenho de sair…)

Volto mais calma do que quando saí, consegui acalmar a agitação do meu coração… por tempo determinado!
(Katie Melua - So Kiss me)

5 comentários:

Anascensão disse...

Encara a tua "explosão" como a libertação de uma enorme energia acumulada e vê em cada "estilhaço" o surgimento de uma nova possibilidade, de uma nova esperança, de um novo "ponto de apoio". Existem coisas que não podes substituir, mas esta.... (podes sempre fazer um esforço para tentar).
Não te prendas às amarras do passado! Corta-as e segue em frente com calma e determinação!

Bjinhos

Vanda Amador disse...

É impossível cortar com o passado, e tu sabes isso.

Tudo é substituível, é um facto... mas nunca será a mesma coisa!! beijo

Anascensão disse...

Houve um dia em que precisaste de um cordão umbilical para sobreviver. Chegou o tempo em que era fundamental cortá-lo porque senão morrias!
Cortar com o passado não significa apagá-lo mas sim seguir em frente sem "pesos mortos".

Jinhos

Anónimo disse...

nós podemos escolher o modo como seguir a nossa vida, por vezes perdemo-nos, mas depois encontramo-nos. uns dias lá em cima, outros em baixo. faz parte! :*)

Vanda Amador disse...

Estamos a chegar ao mesmo ponto mas por vias diferentes, por isso nem vou discutir contigo este assunto.

Devemos viver cada dia, não como sendo único, mas sim como sendo um dia, um dia que tanto nos pode dar como tirar - esta é a conclusão que tiro de toda a minha vida.
Passamos por fases em que questionamos bastante... a opinião que tenho hoje, e porque esta é das que considero que está sujeita á temporalidade, é que o tempo que perdemos a questionar não é aproveitado para viver, partilhar, conviver com os outros. Actualmente penso que aquilo que uma vida de partilha com o outro me oferece é muito mais gratificante que qualquer resposta que procure. Não questionar não implica aceitar as condições da vida tal e qual ela se mostra, implica antes aproveitar a vida tal e qual ela deve ser aproveitada. Mas é como digo, este é um pensamento meu temporal, ou não!! sei lá... sei que de um momento para o outro nós deixamos de ser algo, se é que algum dia fomos, para ser nada.

Esta é a vida. E nada acontece ao acaso, cada acção, cada momento, cada episódio da nossa vida serve para nos mostrar, para nos ensinar algo... ou se calhar até não. Não creio. Mas nunca se sabe...